Ensaio: O historiador público é intelectual?


Considerando as discussões e debates realizados na disciplina Intelectuais, Historiadores e Espaço Público, ministrado pelo dr. Marcos Pirateli no Programa de Pós-Graduação em História Pública no segundo semestre de 2023, neste pequeno ensaio pretendo pensar a relação do historiador chamado “público” e a concepção de “intelectual”. O sentido prático da história pública é dado quando ela colabora para o registro de inúmeras vozes, para confronto de oposições, para a mediação na resolução de problemas sociais e litígios legais, para o debate em torno do patrimônio e de questões identitárias, numa gama tão grande de possibilidades que considera, dinamiza e ultrapassa a textualidade historiográfica. A história pública deve servir às controvérsias, evidenciando territórios e interesses particulares e coletivos (ROVAI, 2020).


Intelectual, como prática, é um conceito filosófico e sociológico que pressupõe um olhar permanente para o passado, sendo um objeto de consumo (espaços de memória) e de futuro (em que o indivíduo prospecta uma nova sociedade). Como um sujeito histórico e social, o intelectual materializa a categoria do devir, refletindo sobre as possibilidades de fazer coisas diferentes ou a transformação da sociedade. Este sujeito possui função social e atual na sociedade, é engajado politicamente no espaço público, questionando o poder, a classe dominante, provocando a discórdia a partir de um ponto de vista crítico, ou seja, o sujeito intelectual atua a contrapelo. No caso do historiador, o intelectual é alguém que interage e atua no espaço público, buscando se chocar com a opinião pública, pois o intelectual precisa se posicionar no espaço público (ZOLA, 2009). Ser intelectual implica tomada de decisões, para isso ele precisa de liberdade de pensamento para realizar suas ações e práticas, por isso o intelectual não é um ser humano apático (THOMPSON, 2021).

Não somente interpreta, o intelectual se posiciona em busca da transformação do mundo, metendo-se em questões fundamentais da sociedade. Nesse sentido, o intelectual desmistifica o mundo, não em um sentido metafísico, mas possivelmente uma maneira de atuação do historiador na sociedade. Uma questão a ser considerada é que o capitalismo transforma tudo em mercadoria, inclusive o conhecimento. Dessa forma, o conhecimento histórico pode ser mercadoria (indústria cultural; informação simples) ou complexo (pensa a realidade). Isso significa que se o conhecimento histórico for mera informação, ele possui caráter mercadológico (tem um público-alvo), portanto ele é descartável. Entretanto, se ele for uma interlocução na arena de disputas públicas (público-outro), temos a ação de um historiador intelectual engajado (ZOLA, 2009). Lima (2022, p. 293) considera que “os intelectuais desempenham um importante papel na sociedade como aqueles que falam para amplas audiências e no espaço público, podendo muitas vezes utilizar-se do passado histórico para defender seus pontos de vista e suas ideias”.

No Brasil, assistimos ao avanço de argumentos de desqualificação dos historiadores e do conhecimento por anos acumulados; questionamentos que colocam em dúvida os métodos historiográficos e a seriedade e validade da ciência histórica. [...] autores como aqueles relacionados a esses falsos dossiês buscam desmerecer intelectuais e sua produção, com a finalidade de defender a existência de “historiadores independentes”, ou um “Brasil paralelo” ou, ainda, uma “história politicamente incorreta”; num processo revisionista perigoso que trata de dissolver a fronteira entre conhecimento científico e o senso comum, num projeto político conservador, embora se apresentem como portadores da “neutralidade”. Esta estratégia tem se apresentado como um grande desafio para nós, historiadores, nos chamando à arena pública para nos posicionarmos e nos desencastelarmos, marcando o compromisso com a defesa da ciência histórica presente nos mais diferentes espaços. [...] historiadores precisam ocupar espaços físicos e virtuais e usar ferramentas de comunicação em posição de diálogo com os mais diferentes públicos; precisam agir na promoção de ponderações sobre esses processos discursivos e seus efeitos políticos e na democratização da própria ideia de público participante.  (ROVAI, 2020, p. 142).

Gramsci (2001), foi um dos primeiros a fazer uma tentativa de reflexão teórica para estabelecer noções sobre as práticas dos intelectuais. Para ele, ao intelectual não bastaria discutir a base material, seria necessário refletir suas práticas e ações. O intelectual não apenas intelege, ele tem uma função social. Função que, por o intelectual ser um sujeito social e histórico, não é autônoma, está em um contexto que também deve ser considerado, pois o pensamento intelectual é gerado num contexto de relações sociais. O ser humano usa o intelectual, mas as ações de intelectuais são atravessadas por relações sociais, funções construídas historicamente em conexões com sua classe. A formação e ação (função social) do intelectual vem a partir realidade concreta e do processo histórico que se insere. Os intelectuais são intermediários das disputas que acontecem na arena pública da luta pela hegemonia na sociedade civil, lugar onde o historiador público pode agir. Gramsci (2001) entende que a função do intelectual é mostrar que o mundo é um eterno devir, processo em que, agindo ou demonstrando o movimento da realidade concreta, a função do intelectual é identificada.

Marta Rovai (2020) toma cuidado em dizer que a história pública não é “solução ou salvação para nenhuma prática como pesquisadores ou educadores, nem para qualquer reivindicação ou problema social”, mas sim um espaço de reflexão a quem pretende “desencastelar-se de seu espaço de produção de conhecimento e ensino e que se abram ao diálogo com o público”. O historiador público intelectual não faz somente divulgação da história, ele se atenta para a dinâmica que envolve o tempo no qual estamos inseridos e as demandas que emergem no cenário político e social.

[...] somos tomados pela pressão política de grupos plurais demandando por seus direitos sociais e identitários e pelo registro de sua própria memória e história, narradas na primeira pessoa e não mais por outros. Somos deslocados de certo conforto diante de uma temporalidade que exige ações rápidas frente à grande quantidade de informações (muitas vezes equivocadas ou falseadas) e respostas imediatas a elas (ROVAI, 2020, p. 132-133).

O intelectual vai além da crítica, assume a radicalidade da transformação social, não se coloca a parte. Ele é um sujeito do dissenso, pois busca a mudança do mundo (BRECHET, 1993) e imersos em meio a “tensões sociais e identitárias e a revisionismos do senso comum, tornou-se emergencial problematizarmos as estratégias dos usos públicos da história, dos públicos como audiência e agentes da produção e divulgação e dos processos de mediação e compartilhamento” (ROVAI, 2020, p. 140).

 Hobsbawm (2005), quando discute historiadores e engajamento, não pensa somente os fatos concretos, mas as interpretações deles. As disputas pelo passado, bem como pela memória, têm suas razões, de maneira que os embates sociais pelo passado demonstram que ninguém escreve aleatoriamente sobre o passado. A disputa interpretativa do passado envolve funções sociais e projetos de mundo. O engajamento, segundo interpreta Hobsbawm (2005), contempla a atividade subjetiva do historiador, considerando que se o historiador pode se engajar cientificamente, politicamente e socialmente, ele pode ser um intelectual.

Esse engajamento pressupõe autonomia racional (entender que ele faz parte de um contexto histórico e social), permitindo ações críticas na participação no debate e na arena pública de disputas. A ação política no engajamento é uma escolha objetiva por estar ligada à uma análise objetiva. Isso significa que o historiador engajado constrói uma análise objetiva e subjetiva, buscando a transformação da sociedade. É objetivo pela história ter objeto e subjetivo por depender do cientista que o interpreta. A intervenção pública, de um possível historiador público engajado, vai de encontro com a sociedade, apresentando suas contradições (HOBSBAWM, 2005). Por isso, cabe refletir sobre nossa própria prática historiográfica e avalia-la como informação (mercadoria para mera divulgação) ou interlocução (ação social e política pela transformação da sociedade).

            A história pública tem “promovido inúmeras formas de atuação em antigos e novos espaços, em que o historiador deve se fazer presente, no intuito de ser um provocador, mediador e colaborador da reflexão histórica” (ROVAI, 2020, p.145). Kelley (1978) considera que História Pública se refere ao emprego de historiadores e ao método histórico fora da academia [...], então Historiadores públicos estão no trabalho sempre que, em sua capacidade profissional, são parte do processo público, a exemplo da construção de políticas públicas. Para ele, “o método histórico de análise não é relevante simplesmente para o destino de nações, ou para problemas de guerra e paz. Ele é essencial a cada tipo de situação prática imediata” (1978, p. 17). Na história pública, o historiador responde questões postas por outros, pelo debate público e pela sua prática social, pois “existem épocas quando interesses intelectuais de historiadores acadêmicos e as necessidades do público fluem naturalmente juntos” (1978, p. 18).

Rousso (1984) demonstra que a história tem uma função social reconhecida, a exemplo da History Workshop Journal que politicamente foi moldado por uma série de agitações de esquerda, comuns na Grã-Bretanha e na Europa no final dos anos 1960. O Workshop marcou uma ruptura com os modos mais ortodoxos de historiografia de várias maneiras claramente definidas: a oficina representou a democratização da prática, historiadores iniciantes com experientes; afirmou que a verdade era partidária, uma arma na batalha de ideias; tentou tornar os historiadores mais atentos ao presente e revisar a noção de histórico para abranger a percepção de realidades contemporâneas (SAMUEL, 1980). Segundo Samuel (1980), os historiadores não refletem o passado, mas o significam e constroem, pois, o significado está nos olhos do espectador. Portanto, os historiadores também podem atuar na transformação da realidade para além da interpretação dela.

O historiador deve buscar não mais “traduzir” a história a um público passivo, mas se relacionar com o mundo de forma humilde e politizada, levando em conta a necessidade de escuta e interação com outras narrativas e saberes no espaço público (ROVAI, 2020). Portanto, o historiador público não é obrigado a ser, mas pode assumir um caráter ativista (ZAHAVI, 2011, p. 53), a exemplo dos historiadores ingleses das décadas de 1960 e 1970 que se atentavam a projetos sociais, para mediar e contribuir na organização de saberes locais de grupos que emergiam em sua luta.

Por meio da criação do History Workshop Journal e de um mestrado em história pública, manifestava-se a preocupação com a memória popular e a arte visual; defendia-se a produção e a publicização de uma história comunitária, envolvendo professores universitários, family historians, trabalhadores e curadores de patrimônio (Liddington, 2011, p. 41). Procurava-se, enfim, um fazer historiográfico mais democrático, que trouxesse a história para a arena pública e para o debate sobre justiça social, valorizando os saberes e fazeres do chamado “homem ordinário”, não apenas como audiência, mas também agente da escrita da história (ROVAI, 2020, p. 136).

Lima (2022, p. 294), baseando-se em Liddington (2011), demonstra que “na Austrália a HP foi empregada no princípio como forma de engajamento nas lutas comunitárias em torno de questões indenitárias e relações dos nativos e colonizadores”, portanto “mostrou-se mais engajada e militante, questionando como adquirimos nosso senso do passado e revendo posicionamentos em relação a ele” (ROVAI, 2020). Álvarez (2021) entente a prática da história pública na Colômbia como campo de produção de narrativas sobre o passado em diálogo com as demandas públicas existentes no presente. O autor defende que a História Pública na Colômbia aponta não somente para a dimensão coletiva e colaborativa, mas para o papel de uma História Pública crítica e democrática para a construção de narrativas nacionais alternativas à oficial que possibilitem uma visão mais plural das “colombianidades” no tempo presente.

Marta Rovai (2018) apresenta História Pública como “compromisso com a construção, o acesso e os efeitos políticos de múltiplo saberes, que devem circular da forma mais democrática possível” ao promover diálogo e reflexão. O historiador, quando traz a história de grupos ou comunidades para a arena pública, precisa se atentar à alteridade, à ética e ao compromisso com processos complexos, se colocando num lugar de escuta e sentimento. A História Pública é um posicionamento, prático, intelectual e político de observação da realidade: uma opção pela organização, mediação e divulgação de conhecimentos que estão fora da academia ou da escola. Trabalhos desenvolvidos no sentido da publicização da história não devem significar o abandono da seriedade e do caráter analítico na produção do conhecimento marcado por compromisso ético e profissional. Não é traduzir o que foi produzido cientificamente, e sim dar a conhecer os procedimentos e discuti-los prática e coletivamente.

Por priorizar o conhecimento histórico produzido em diálogo com o público, o historiador assume um papel na democratização do registro, do acesso, da divulgação e na produção de respeito à alteridade humana (ROVAI, 2018). A produção e a divulgação, feito em um processo democrático, não deve se submeter aos interesses do mercado ou ser seduzido pelas histórias sem analisa-las, sem banalizar os acontecimentos e as memórias. Compartilhar não é simplificar. Enquanto intelectual, o historiador deve refletir sobre práticas e saberes na constituição de identidades e de diálogo com o mundo. Juniêle Almeida (2016, p. 47) considera que os “aspectos dos debates públicos, expressos entre os valores e ações dos movimentos sociais, podem ser observados em diversas pesquisas de história oral”, que evidenciam a história pública nas intepretações dialógicas do conhecimento.

O historiador, enquanto intelectual, não vai à públicos buscar por meras fontes, mas atua nos debates. A partir dos procedimentos da história oral e das reflexões sobre a função social da história, por exemplo, é possível dimensionar os debates públicos e os interesses para promoção de políticas públicas. Na sua prática, o historiador, portanto, pode considerar que narrativas públicas são resultantes do trabalho de memória, marcadas pelo tempo presente em sua dinâmica social e expressam lembranças, esquecimentos e silêncios em múltiplas dimensões (ALMEIDA, 2016). Marta Rovai pensa o papel do historiador como intelectual quando age como mediador, “como ponte entre a universidade e grupos diversos dos quais os significados de existência, a ressonância e as identidades não podem ser simplificados ou reduzidos à sua produção material e a suas possíveis tradições a partir de critérios fixos”. Para ela, é preciso levar em conta as formas de transgressão e inovação, conflitos e disputas internas, “enfrentamentos sociais contra o mundo do tempo rápido, avassalador e mercadológico, a espetacularização, e em busca por políticas públicas que lhes tragam benefícios e lhes garantam o direito aos direitos” (ROVAI, 2018, p.189).

Levando em consideração os debates públicos, as narrativas públicas apontam expectativas para o futuro capazes de catalisar novas vivências, para as quais os historiadores devem se atentar. Além disso, “os sujeitos, ao narrarem, atribuem significações históricas às suas experiências e podem reorientar as suas ações” nas disputas políticas, econômicas e sociais (ALMEIDA, 2016). No caso do trabalho da história oral e movimentos sociais, como prática de história pública, Almeida (2016) sugere práticas de responsabilidade político-social com a memória coletiva, de modo que as entrevistas orais contribuam para a elaboração e socialização da produção do conhecimento histórico dos movimentos sociais diante das disputas sociais. A história oral na construção da história pública dos movimentos sociais ajuda a aprender com um determinado público, viabilizando ao historiador possibilidades de políticas públicas (ALMEIDA, 2016).

Para Pedro Silveira (2020), além de a história pública ter um papel fundamental para encontrar brechas que permitam superar o diagnóstico concomitante do aumento dos casos de depressão e ausência de perspectivas profissionais e do neoliberalismo reduzir a pluralidade dos sujeitos, os historiadores devem buscar se tornar um sujeito ativo que deve participar inteiramente, engajar-se plenamente, entregar-se por completo a sua atividade profissional. Pedro (2020), numa tentativa feita a partir de “dentro” para se comunicar com o que está “lá fora”, considerou que ao reconhecer a pluralidade das formas de atuação de historiadoras e historiadores e reconquistar a subjetividade do espectro do neoliberalismo, a história pública auxiliaria na introdução de “habilidades” e “competências” que nos ajudassem a atuar junto ao público. O problema da relevância do conhecimento histórico passa pela necessidade de repensar sua justificativa num momento no qual o conceito moderno de história perdeu sua obviedade e muito de sua efetividade. Mas, a pertinência do saber histórico em sua capacidade de contribuir para a justiça social pode ser avaliada, sendo sempre uma questão pública (SILVEIRA, 2020).

            Para Santhiago (2016, p. 25), um dos significados da expressão polissêmica história pública se refere “a atuação efetiva em história pública, isto é, fazer história pública”, ou seja, o historiador serve a um grupo ou instituição com o seu trabalho (SANTHIAGO, 2019, p. 138). Considero que este serviço do historiador, no espaço público, deve pressupor ações que buscam transforma a sociedade e a realidade, para que, assim, ele seja considerado um intelectual.    Portanto, diante das ideias apresentadas, permito-me considerar que o historiador público, para ser considerado intelectual, necessita não somente refletir e interpretar a realidade, mas atuar praticamente no espaço público buscando a transformação da sociedade. A história pública no Brasil se converte em prática científica mais plural, rica e humanizada ao se utilizar as diversas mídias e narrativas múltiplas no processo de se escrever ou difundir a História a favor da democracia, das memórias e dos direitos identitários, sociais e políticos, estimulando a reflexão coletiva sobre eles, a partir dos princípios éticos, educacionais, dialógicos e historiográficos (ROVAI, 2020, p.152).

            A história é um embate pelo passado que tem bases científicas e que revela a perspectiva do cientista. O engajamento, na ciência, não está em discordar sobre fatos verificados, mas sobre sua escolha e combinação, sobre o que se pode argumentar a partir deles diante do espaço de disputas pelo passado e memória. Isso significa que o processo de conhecimento histórico tem um, ou mais, sujeito subjetivo. Portanto, o historiador público é intelectual quando ele vai ao espaço público para discutir a interpretação e transformação da sociedade. O historiador público, para ser intelectual, deve ser engajado, agindo socialmente e, no seu caso, em conjunto de alguma maneira com o público. Não entendo essas como características obrigatórias ao historiador público, somente são para o considerar como intelectual. Um exemplo de historiador público no Brasil foi José Carlos Sebe Bom Meihy (1992), que ao tratar do suicídio entre os Kaoiwá, no Mato Grosso do Sul, esteve preocupado em escutar, registrar e publicizar as memórias dos indígenas. Defendia, história-escuta, uma história-denúncia, uma história-acolhimento. Uma história pública de intervenção social em busca de políticas públicas (ROVAI, 2020).

Referências

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